Com o crescimento no faturamento do setor, a plataforma planeja fechar o ano com um crescimento de 50%
Algumas das maiores empresas do mundo adotaram um modelo diferenciado para garantir produtividade e lucro ao entender que, em muitos casos, terceirizar o seu principal produto pode garantir uma maior rentabilidade para a operação como um todo.
Esse é o exemplo das gigantes como Apple e Nike, que, embora sejam companhias multimilionárias, não possuem uma única fábrica. Maior plataforma de autopublicação da América Latina, o Clube de Autores está para o mercado livreiro o que a Nike e a Apple estão para o mercado têxtil e tecnológico. “Hoje, algumas pequenas e médias editoras usam a nossa plataforma para produzirem, imprimirem e venderem seus livros”, conta Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores.
De fácil operação, o Clube de Autores é o primeiro site brasileiro que permite a publicação gratuita de livros de forma 100% sob demanda. Ou seja, uma pessoa pode subir o seu livro, determinar quanto deseja ganhar por venda e disponibilizá-lo na loja sem pagar absolutamente nada por isso – com direito a distribuição para algumas das maiores e mais tradicionais livrarias brasileiras. E muitas das pequenas e médias editoras decidiram usar a plataforma para dar voz aos seus autores. Ao todo, a plataforma já contabiliza 19 editoras cadastradas e que fazem a impressão periódica de seus livros sob demanda.
E, como têm necessidades específicas e diferentes das de autores independentes, o Clube chegou a estruturar um modelo inteiramente novo que inclui a impressão em pequenas tiragens e uma gestão colaborada de estoque, garantindo preços ultra-competitivos e uma atuação efetivamente parceira.
Crise é oportunidade
Com este modelo de negócios, o Clube de Autores garante uma rentabilidade 30% maior em comparação com o formato adotado no mercado tradicional. E os motivos são os mais variados. Ricardo explica, por exemplo, que um dos empecilhos no mercado são, justamente, os grandes estoque das livrarias. “As editoras sempre enviavam seus livros para receberem somente após a venda destes títulos. Esse estoque parado não é bom para ninguém, é um desperdício de espaço e de dinheiro. É muito mais inteligente e econômico imprimir sob demanda. Não gosto de dizer que o mercado editorial em si está em crise, até porque os brasileiros continuam consumindo e lendo até mais do que antes”, conta.
E a impressão de Ricardo é comprovada por números. Recente pesquisa do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) revelou um crescimento de 19,2% no faturamento de vendas do setor. “Estamos vivendo um momento de estabilidade do ponto de vista do faturamento das empresas literárias e há chances de crescermos ainda mais. Temos uma necessidade muito grande de inovar e o modelo tecnológico e disruptivo do Clube de Autores encontra um cenário cada vez mais fértil. Devemos fechar o ano de 2019 com um crescimento de 50%”, finaliza.
O serviço oferecido de publicação e o suporte durante a preparação são dignos de todos os elogios. Porém existem outras coisas que efetam a credibilidade da instituição.
Porque tantos livros com assunto repetido? A relevância de uma obra se mede pela importância do conteudo e pelo interesse demonstrado pelos leitores. No seu caso, tantos títulos repetidos tornam cansativo as pessoas procurarem assuntos de seus interesses. Por exemplo na seção engenharia e tecnologia (9193 títulos) um só autor tem dezenas de publicações apenas com a diferença de algumas páginas. Como vocês não tem censura, o que é elogiável, poderiam emitir um alerta, sobre o risco de diminuir a credibilidade do autor.
Oi Daniel. De fato, temos mesmo alguns autores com dezenas de obras. Mas, no nosso ponto de vista, se eles estão conseguindo publicar, divulgar e alcançar seus leitores – e se estes não estão reclamando – então não há problema. Isso tem sido normal na autopublicação no mundo todo: por ser um paradigma diferente do que o próprio mercado editorial estava habituado, com acesso aos leitores diretamente pelos autores, muita experimentação acaba sendo feita. Algumas funcionam, outras não – mas todas geram aprendizados importantes para os escritores que, assim, vão montando seus modelos de negócio literários. De certa forma, é como se o mercado se autorregulasse a partir da relação entre oferta e demanda.