Talvez a primeira pergunta devesse ser outra: qual a grande vantagem de ter um livro no Select? A resposta vem em uma palavra: divulgação. Muita divulgação, incluindo campanhas na Internet, anúncios na mídia impressa, negociação especial com livrarias físicas e assim por diante.
Se você não acompanhou o lançamento do Clube Select, veja mais informações neste post aqui.
Se acompanhou, então provavelmente tem uma pergunta: “como meu livro pode participar dessa lista?”
Não há uma resposta fácil para ela, até porque o modelo de seleção é totalmente automatizado e depende de dados reais dos livros. Em outras palavras: é preciso que o livro publicado aqui no Clube já esteja com um bom desempenho para que ele seja considerado um best-seller potencial e, a partir daí, seja convidado a integrar o Clube Select.
E por que fizemos isso? Porque concluímos, inclusive com base em outros experimentos que fizemos ao longo dos últimos anos, que a única forma de se selecionar livros sem ter como base opiniões enviesadas de um ou mais editores é justamente dando essa responsabilidade a um sistema, a um robô.
Não podemos abrir os detalhes do algoritmo sob o qual o robô fará a sua indicação – mas podemos, sim, abrir pelo menos os principais critérios. Vamos a eles:
1) ISBN: Esse é um fator excludente: nenhum livro sem ISBN entra no Select. O motivo é simples: sem esse registro, praticamente nenhuma livraria aceita revendê-lo, o que diminui de maneira gritante qualquer possibilidade de sucesso. Se não tem o seu, acesse o site da Biblioteca Nacional e corra atrás!
2) Capa e projeto gráfico: Da mesma forma, dificilmente um livro com capa ruim e diagramação mal feita atrai leitores. “Mas o Clube Select não poderia patrocinar uma capa mais vendedora?”, pode-se perguntar. A resposta é simples e direta: não. O papel do Select não é trabalhar em nenhuma obra, mas sim pegar as obras prontas e já publicadas e potencializar as suas vendas. Todo, todo o investimento vai exclusivamente para divulgação.
3) Revisão: Livros com um português mal escrito, com erros de ortografia e gramática, também não integram a lista. Não revisou o seu? Vá ao Profissionais do Livro, contrate um profissional e garanta que sua obra estará em perfeitas condições “linguísticas”.
Até aí, esses três critérios são simples. Mas, se a observância desses primeiros três pontos não garantirá o sucesso de uma obra, a não observância certamente aumentará, e muito, o potencial de insucesso. Quais, então, os outros critérios?
4) Vendas: Claro. Se um livro já está vendendo bem para os parâmetros da autopublicação, então isso significa que há público interessado e que uma divulgação a mais certamente fará crescer a base.
5) Protagonismo do autor: Há autores mais entusiasmados pelos seus livros que outros – e esses tendem a aglomerar mais público. Quando um autor monta um evento de lançamento, trabalha em um site para seu livro ou simplesmente se mantem ativo nas redes sociais, engajando-se em conversas com seus leitores, o potencial dele cativar seu público é sempre, sempre maior. E isso vale ouro.
6) Repercussão da obra: Se um livro atraiu a atenção da imprensa, sendo alvo de matérias, artigos ou ganhando prêmios, seu potencial de sucesso é – obviamente – maior.
7) Tema: Queiramos ou não, há temas mais quentes que outros – algo que muda com o tempo. Se um livro aborda, direta ou indiretamente, coisas como crises de refugiados – para ficar apenas em um exemplo – ele tende a agarrar mais a atenção do público do que outro livro falando sobre um tema com menos destaque.
Há ainda alguns pontos menores, mas esses são os principais. Perceba aqui uma coisa importante: por óbvio, não há como um livro ter sucesso sem que o autor se empenhe muito para isso. O algoritmo do Select considera justamente isso, calculando pesos diferentes e comparando os resultados da própria base para formar uma espécie de ranking.
Ainda é – também vale frisar – um algoritmo beta, sendo testado na medida em que é implementado. Até agora, no entanto, seus resultados têm sido muito certeiros.