No mês passado, o site Livros e Pessoas fez uma matéria sobre a ação de uma editora inglesa inserindo um anúncio publicitário no meio de um livro (clique aqui para ver).
O resumo é o seguinte: imagine que você esteja entretido com um romance daqueles incríveis, em que se devora letra a letra. De repente, a 10 páginas do final, você vê uma página com uma campanha feita para que pare de fumar.
Em teoria, basta virar a página para continuar lendo. Mas o quão positivo isso é?
Ou seja: inserir um anúncio, seja do que for, nas sagradas páginas de um livro, não pode acabar tirando a ansiosa atenção do leitor? No final das contas, não seria algo que acabaria prejudicando a experiência de se ler?
E se a propaganda fizesse com que o preço caísse, mesmo que alguns reais (ou, no caso do exemplo, libras)? Valeria a pena?
Agências de publicidade, autores e editoras já começam a debater o livro como mídia por todo o mundo – algo que pode ganhar mais força com a vinda dos ebooks, que permitem anúncios mais interativos.
Mas há uma questão importante para se levar em conta: um bom anúncio publicitário é, por definição, aquele que prende o interesse do seu espectador e faz com que ele pense sobre a mensagem. Se esse espectador é um leitor, isso também significa que, mesmo que por alguns instantes, um bom anúncio fará com que ele desvie seu foco da obra literária. Isso vale a pena?
O que você acha?