Dia desses, uma amiga minha de Dubai falou sobre um livro infantil que a editora dela lançou, Alayah. É uma história infantil, daquelas com poucas frases e muita imaginação – mas não foi isso que me chamou a atenção.
O que impressionou, na verdade, foi que acabei me pegando lendo uma história de criança inteiramente calcada na cultura do Oriente Médio para a minha filha de 3 anos, léguas de quilômetros distantes. Aí bateu a (talvez óbvia) conclusão: é impressionante o nível de globalização cultural que o próprio universo dos ebooks proporciona.
Para uma criança que já nasceu na era digital, aliás, o mundo acabou se transformando em uma aldeia tão pequena, onde as barreiras entre diferentes culturas são tão mínimas, que as oportunidades e possibilidades de crescimento intelectual são simplesmente maiores do que em nossa época.
O inverso também é verdadeiro: por meio do próprio modelo de autopublicação, pessoas de todo o país e do mundo podem ter contato com culturas e formas de pensar diferentes, ricas, densas.
Livros são inegavelmente incríveis – mas a quebra de barreiras entre escritores e leitores é algo ainda mais fenomenal.
Ricardo Almeida.