Reputação é uma coisa curiosa.
Quando estamos imersos em nosso trabalho, garimpando novos mercados e abrindo novas estradas para os autores independentes, acabamos tão assoberbados que sequer paramos para olhar no espelho.
Trabalhamos de sol a sol, sem finais de semana, nos revezando noites adentro e tapando com os músculos as tantas brechas deixadas abertas em um mercado essencialmente definido pela gambiarra – o mercado brasileiro.
Aí, quando saímos e começamos a falar com quem é de fora, nos percebemos.
Isso pode parecer arrogante – e peço perdão se o for – mas uma das coisas mais curiosas que descobrimos aqui no México foi… o Clube de Autores.
Cada vez que contamos o que fazemos, que mostramos o volume de livros publicados, o alcance dos acordos que fizemos com livrarias, a quantidade de histórias publicadas aqui e que pavimentam os seus caminhos para as casas de milhões de autores, recebemos de volta olhares incrédulos e bocas abertas.
Houve uma ocasião em que foi necessário abrir o nosso sistema para mostrar que os nossos números eram esses mesmos, que não estávamos exagerando ou mentindo.
E vejam… apesar de trabalharmos há mais de 9 anos aqui no Clube, somos encarados mundo afora como novidade, como uma espécie de luz no fim do túnel de um mercado que já se sabe incapaz de lidar com o próprio futuro.
Colhemos esses mesmos olhares anos atrás, na Feira de Londres de 2014, quando inclusive fomos premiados como projeto mais inovador do mundo do segmento editorial – mas isso foi há 4 anos. 4 anos. Uma eternidade em nossos tempos.
Ainda assim, aparentemente, continuamos novos. E diferentes. E bem distantes do “tradicional”.
Um autor do Clube uma vez me disse que o segredo do sucesso está em se envelhecer permanecendo eternamente jovem. Palavras sábias, as dele.
E responsabilidade grande, essa nossa.
Que essa juventude empresarial, por assim dizer, perdure até o infinito – e que ela já nos traga muitos, muitos frutos vindos dos quatro cantos do mundo que somente agora começamos a explorar.