Nada como um pouco de filosofia e neurociência para fechar a semana…
Com vocês, Julian Baggini. Divirtam-se!
Nada como um pouco de filosofia e neurociência para fechar a semana…
Com vocês, Julian Baggini. Divirtam-se!
O post de hoje não é, exatamente, sobre literatura. Ou é: depende da ótica.
Enquanto navegava pela Web, acabei me deparando com um site no mínimo diferente: o Impossible HQ. Sua proposta: convencer pessoas a fazerem o que elas julgam impossível, transformando cada uma em pura inspiração para si mesmo e para os outros. E isso pode parecer piegas… mas já imaginou a quantidade de novas e empolgantes histórias que nós, escritores, teríamos para contar se saíssemos mais do nosso status quo e buscássemos nos aventurar para além das fronteiras do possível?
O autor do site, Joel Runyon, já correu ultramaratonas, escreveu livros, construiu escolas em áreas carentes da América Central e somou um volume tão grande de experiências que a sua vida em si já é uma história daquelas que vale a pena ser contada. E isso tudo partindo de um começo duvidoso, quando ele estava desempregado morando na casa dos pais.
Moral da história: até o impossível pode se transformar em possível – basta querer.
Estamos em final de ano, época em que todos costumam repensar o seu passado, analisar o presente e sonhar com o futuro. E que tal colocar como uma das metas para 2015 a realização de pelo menos uma coisa que, hoje, você considera impossível?
Eu, pelo menos, certamente seguirei esse caminho!
Ricardo.
A primeira palestra do dia no Digital Minds Conference – evento que abre a Feira do Livro de Londres – foi do Google. O assunto não foi Android, Google Play ou nenhuma plataforma de leitura: foi o Youtube.
Nesse ponto veio uma pergunta natural: se quem está abrindo uma das maiores feiras de literatura do planeta é uma empresa de vídeo, para onde o mercado está caminhando?
A resposta veio de maneira tão natural quanto a dúvida – provavelmente por, coincidência ou não, já estarmos trabalhando nela há alguns dias.
Discutir livros já não é mais apenas discutir formatos de leitura, mas sim hábitos de leitores e autores. Ou, indo além, na tênue linha que, hoje, divide autores de leitores.
Veja: autores, claro, geram o material primário de discussão – o livro. Mas todos os leitores participam de maneira ativa do próprio conteúdo ao postar recomendações, posts em blogs, tweets, indicações de materiais complementares etc. Ou seja: hoje, leitores complementam de maneira determinante a experiência de leitura.
Hoje, o leitor escolhe uma obra já conhecendo opiniões, visões, resenhas e mesmo o autor responsável por ela. De certa forma, é como se ele abrisse a primeira página já com una opinião pre-formada a partir de zilhões de conteúdos relacionados aos quais ele já teve e continua tendo acesso. Acesso, diga-se de passagem, que inclui a sua própria participação.
O Youtube não é apenas um canal de postagem de vídeo: é um canal de co-curadoria em que autores e usuários participam de maneira absolutamente entrelaçada, colaborativa, conjunta.
Acompanhar o percurso dessa rede é o mesmo que dar uma olhada sutil no que deve ser o futuro do livro como um todo.
A questão não é mais para onde o mercado editorial está caminhando: isso tem ficado cada vez mais claro. A questão é até que ponto os autores de hoje estão preparados para esse novo perfil de leitor.