A percepção e a disrupção da realidade

Terrorismo, guerras, assassinatos, terremotos, furacões, desastres de grande impacto. Quando se pergunta sobre os grandes riscos para raça humana como um todo, essas são  algumas das principais respostas que obtemos.

Pudera: temas como o terrorismo, principalmente depois de eventos como os atentados de Paris, dominam os noticiários 24 horas por dia. E o motivo é claro: eles são disruptivos.

Sim, todos sabemos que cigarro mata – mas ninguém passa dias seguidos chocado ao se deparar com um fumante. Por outro lado, o raro evento de um homem bomba se explodir nas ruas de Paris é tão diferente, tão chocante, que, apesar de causar muito menos mortes que cigarro, acaba ganhando muito mais atenção.

Em outras palavras: percepções são geradas por disrupções, por grandes choques e quebras do status quo. E, em um mundo feito por criaturas mais predispostas a imaginar do que a raciocinar, tem o poder de pintar “realidade” absolutamente distantes do real.

Quer uma prova? Veja a imagem abaixo, extraída a partir do Atlas do Risco, sobre as principais causas de morte da atualidade.

Perceba o óbvio: as que costumamos ter mais medo são as menos prováveis de acontecerem.

Às vezes, ser uma criatura racional é bem pouco racional.

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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