As livrarias físicas como consequência, não causa

No post da quarta – e que considero o mais importante desde que comecei a blogar aqui, pelo Clube – falei muito sobre um novo modelo de mercado editorial e de alternativa para autores. 

E sim: ele condena indiscutivelmente o modelo de se investir em tiragens para se estar em grandes livrarias e, com isso, ampliar a expectativa de vendas. Isso significa que não há espaço para livrarias físicas em nosso novo mundo? 

De forma alguma. 

O que temos aqui é uma inversão de conceitos, de ordens. 

Até então, as livrarias físicas eram encaradas como o mercado editorial em si: estar fora delas era o mesmo que estar na extrema periferia da literatura. Isso era verdade, concordo – mas apenas no passado. 

Acompanhe o raciocínio: se há todo um mar de conteúdo disponível na Internet de maneira extremamente barata e se o custo de se estar em livrarias físicas é altíssimo, qual o lar natural das novas ideias e histórias? 

A Internet, é óbvio. É lá – e aqui, no Clube de Autores – que os novos livros e as histórias mais vanguardistas estarão. Desse bojo, é óbvio que algumas obras alcançarão o estrelato e outras cumprirão as suas jornadas com um público mais restrito. Vemos isso acontecendo todos os dias, aliás.

É aqui que entra o papel da livraria física.

Nelas, o consumidor encontra livros já mais largamente aceitos, difundidos, pelo mercado. Sim: é obviamente importante para todo escritor estar exposto nas prateleiras da Cultura, da Saraiva ou da Livraria da Vila – mas isso precisa fazer sentido para as três partes envolvidas (autor, livraria e consumidor). 

Colocando em outros termos: as livrarias físicas não servem para despertar demanda: elas servem para cuidar de uma demanda já despertada, comprovada. Só nesse modelo é que o investimento necessário para se estar nelas faz sentido.

E quando você perceberá que está na hora de negociar com elas? Quando tiver uma demanda já grande o suficiente – algo que perceberá também pelo seu retorno no modelo de impressão sob demanda – para que o próprio mercado corra atrás de você. É dele que precisa partir a iniciativa de “massificar” o seu livro, por assim dizer: só assim você conseguirá costurar e garantir um contrato com menos risco e mais ganho.

Até lá, a você cabe consolidar o público que te garantirá essa fundamental visibilidade.

Livrarias físicas devem ser encaradas como consequência do sucesso, não como fator que o causará.

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

4 comentários em “As livrarias físicas como consequência, não causa

  1. Não estou conseguindo efetuar a compra na hora em q clico comprar fica a tela toda branca

    Estou com dificuldades para efetuar a compra de livros ao clicar em comprar a tela fica toda branca

  2. Segui as instruções abaixo mas não encontrei nenhum contato desse fornecedor!
    Número do pedido Fornecedor Serviço Valor Situação
    05518 Samuel Duarte Marini Registro de ISBN R$ 45,01 Em andamento

    Demora mesmo esse tempo ou vou precisar cancelar e arrumar outro profissional?
    Até passei os meus dois endereços de email para ele, afim de facilitar as coisas!
    Eu não sei mexer com o outlook 2007 como aparece lá em profissionais do livro.
    É por isso que estou pedindo a resposta por aqui.

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